Como disse que disse? É simples. Os preços do estacionamento de superfície na cidade de Lisboa (EMEL) vão mesmo sofrer uma diferenciação mais expressiva por zonas tornando algumas zonas da cidade locais de paragem temporária obrigatória por via, quer da limitação da permanência por um máximo de duas horas, quer por via do aumento elevado do custo com a hora de estacionamento. No resto da cidade (que inclui zonas onde, na prática, hoje não se paga por inexistência de parquímetros operacionais) os custos teóricos serão reduzidos.
Ora se estacionar na Avenida da Liberdade, na Baixa e demais zonas de alta rotação vai ser significativamente mais caro, a alternativa dos transportes públicos passará a ser encarada como mais atractiva, isto se os preços não subirem na mesma proporção. Os concessionários dos estacionamentos subterrâneos, se não aumentarem novamente os preços, também agradecerão a medida, uma vez que as diferenças de preços tendem a anular-se ou a ser mais desfavoráveis ao estacionamento de superfície que se quer mesmo de curta duração.
Uma coisa é certa, o custo directo sobre o proprietário de usar o automóvel na cidade da Lisboa vai continuar a aumentar, particularmente se usar o carro para o aterrar durante o dia inteiro em zona nobre.