Depois da bonança virá a tempestade? Com a certeza de que o IVA vai aumentar dois pontos percentuais e com o incentivo ao abate de veículos em fim de vida a deixar de poder ser accionado quantd o veículo a comprar se baseia apenas no velhinho motor de combustão,está criado o cenário ideal para uma significativa antecipação da aquisição de automóveis até ao final deste ano.
Talvez por isso não seja estranho o reforço da publicidade colocada por fabricantes de automóveis que se tem notado a olho nu nos media nacionais, rivalizando na perfeição com a publicidade aos Planos Poupança Reforma, também eles a conhecerem o canto do cisne em termos de acesso a significativas deduções fiscais.
Mas o mercado automóvel não se afere apenas do lado do retalho interno, tendo em conta as notícias mais recentes dos responsáveis da indústria automóvel a operar em Portugal, a carteira de encomendas continua a perspectivar um excelente desempenho ao nível da produção destinada ao exterior, esperando-se, neste caso, efeitos mais duradouros e interessantes a nível económico.
Em suma, teremos o fogacho ao nível do consumo promovido por razões fiscais (mais um!) e temos algo mais sustentado na competitividade das empresas e na retoma externa ao nível da produção.