Há poucos dia publicámos aqui “Remessas de Portugueses em Angola são superiores às dos imigrantes dos PALOP a residente em Portugal“, hoje lemos no espanhol El Pais um artigo sobre aquela que parece ser a terceira grande vaga de emigração em Portugal sinalizada no artigo “Los portugueses vuelven a Angola – La crisis económica convierte a la antigua colonia en el nuevo Eldorado“.
No artigo cita-se um trabalho recente de Álvaro Santos Pereira no qual apurou que entre 1998 e 2008 terão emigrado cerca de 700 mil portugueses. O número é impressionante e, sem termos tido oportunidade de consultar o referido trabalho, torna-se difícil determinar se estamos perante um resultado bruto ou líquido (existiriam em 2008 mais 700 mil portugueses a residir no estrangeiro do que em 1998?). Provavelmente estaremos perante um dado que revela um fluxo acumulado não corrigido dos regressos. Contudo, sem prejuizo de voltarmos ao assunto que talvez só seja devidamente escrutinado com o recenseamento geral da população que se irá realizar, em Portugal, dentro de 7 meses, o sinal de que estamos perante um fenómeno de emigração mais do que pontual parece evidente pelos indicadores indirectos (as remessas, as estatísitcas de outros países). Deixo-vos com uma citação do El País:
“(…) El perfil del expatriado ha cambiado significativamente. Hoy suele ser un cuadro técnico joven, entre 25 y 30 años, que llega con un contrato de trabajo de entre tres y cinco años y que viaja con familia. “Un dato nuevo revela que muchos de los nuevos emigrantes portugueses llegan a Angola para quedarse cierto tiempo: la escuela portuguesa de Luanda tiene 1.600 alumnos y una lista de espera en torno a los 700″, subraya el embajador. (…)”