Depois do PIB do 3º trimestre e antes do detalhe que sairá daqui a umas semanas fiquemo-nos com algumas explicações adicionais:
“O enquadramento económico internacional no 3º trimestre de 2007 ficou assinalado por factos com implicações contraditórias para a economia portuguesa. Por um lado, assistiu-se à continuação da apreciação do euro e ao agravamento dos preços do petróleo e de outras matérias primas, por outro, verificou-se ainda assim uma aceleração do actividade económica na área do euro e no conjunto da União Europeia.
No plano interno, de acordo com a estimativa rápida do PIB, ter-se-á registado um ligeiro abrandamento entre o 2º e o 3º trimestre, passando de uma variação homóloga de 1,9% para 1,8%, reflectindo fundamentalmente o comportamento da procura externa. Os dados preliminares relativos ao 3º trimestre revelam uma redução de 4,0 pontos percentuais (p.p.) no crescimento homólogo das exportações em valor, face ao 2º trimestre; paralelamente, registou-se uma pequena aceleração das importações de 0,1 p.p. que, pela primeira vez desde o 3º trimestre de 2005, apresentaram um maior crescimento nominal do que as exportações (5,3% e 4,8%, respectivamente).
A procura interna, tal como no trimestre anterior, acelerou no 3º trimestre, sobretudo em resultado do crescimento do investimento. Esta evolução reflectiu, desenvolvimentos positivos em todas as suas componentes, com destaque para a componente de material de transporte. O consumo privado terá apresentado um menor dinamismo devido à desaceleração do consumo de bens duradouros.
No 3º trimestre, o emprego cresceu 0,2% em termos homólogos, após a diminuição observada no trimestre precedente. A taxa de desemprego situou-se em 7,9%, o mesmo valor do trimestre anterior e 0,5 p.p. mais elevada do que a de igual período de 2006. Em Outubro, a inflação acelerou, atingindo 2,6%, mais 0,5 p.p. do que no mês anterior. “