Avisado pelo António Dias cheguei à critica que se segue. A crítica é eminentemente técnica mas a técnica tem consequências ao nível do utilizador e da capacidade de reacção à necessidade de mudança do sítio face às sucessivas novas exigências que estão sistematicamente a inundar uma instituição com a exposição do INE (entre outros). As palavras são do João Craveiro um jovem estudante de Engenharia Informática e webdesigner e espero que esteja a exagerar um bocadinho mas confesso que já não é a primeiro crítica neste tom e com (alguns d')estes argumentos que me chega. Sendo certo que o INE estará atento a todas a críticas aqui se replica esta com a devida vénia, "INE tem novo sítio online… e é "acessível" (ou então não)!", in Lâmpada Azul por :
"E como todo o bom "novo sítio online", tem o símbolo português da tentativa de acessibilidade que, desta feita, não é uma ligação para uma página a dizer que "blá blá blá, acessibilidade, blá blá, temos pena, tentámos fazer o site acessível, blá blá", mas sim para uma "versão acessível" do site — que não tem praticamente nada do que a versão original tem.
Sintonizemo-nos: acessibilidade não é ter uma versão anorética de um site em que se tirou tudo o que não se consegue (ou não se teve competência para) fazer acessível (logo, tudo o que sobra — nem que seja, por absurdo, uma página em branco — é perfeitamente consultável por qualquer pessoa com qualquer equipamento — wow!). É utilizar tecnologias (deste século — here's the catch) para proporcionar, aos cidadãos com necessidades especiais, uma experiência de navegação o mais próxima possível (e como tal, não-discriminatória) da que os utilizadores sem limitações usufruem. Caso contrário, seria o mesmo que, por exemplo, em vez de se (pensar em) construir facilitadores de acessibilidade (rampas, elevadores, etc.) nas estações de Metro, se pusesse uma Volkswagen "Pão-de-forma" a passar de hora a hora nas estações de Metro para transportar quem não consegue aceder à plataforma de embarque!
De resto, nem é preciso abrir o código para adivinhar a qualidade do trabalho desenvolvido: quando se usa Flash para fazer 4 ícones animados de 30×30 píxeis (que podiam perfeitamente ser GIFs animados), tudo é possível. Claro que abrindo o código, comprova-se o prognóstico, depois de fazer scroll para ultrapassar as 100 linhas de CSS de alta qualidade que, para tomarem conta do aspecto visual das mais de 200 células contidas em cerca de 60 tabelas, têm de estar pertinho delas (e não numa folha de estilos à parte, "qu'hòrror!").
No ano da graça de 2007, século XXI, na crista do Plano Tecnológico e do combate à iliteracia digital e à info-exclusão, com dinheiro dos portugueses e da Europa, este é apenas mais um failed redesign — que iremos pagar de novo, quando a acessibilidade dos sítios de organismos públicos não seja um faz-de-conta."
Nos próximos dias manterei atenção sobre críticas e comentários ao novo portal do INE e havendo tempo (o que não é certo) farei uma breve análise à acessibilidade aos conteúdos.
As criticas nao sao nada exageradas, embora afectam sobretudo as pessoas que se preocupam se o xhtml valida ou não 🙂
Já que isto vai ser lido lá no ine acrescento à lista os titulos ( o que é “calendário”? “Calendário de actividades – INE”, por exemplo é uma solução muito melhor; e a ausência de texto indexavel pelos robots em muitas das páginas, o que pode conduzir muitas destas ao “inferno do google” aka suplementares. Mas o principal é aquele código escraboso, com css, tabelas e javascripts a pontapé (tinham-me escapado os flash…)