Foi a curiosa coincidência aérea que me chamou a atenção. Se comentários, ficam as duas chamadas de atenção. Manuel Pinho deu uma entrevista no avião quando regressava da China (em 1ª classe?):
«”I’m the one they love to hate.” Manuel Pinho diz, numa longa conversa com o Jornal de Negócios, que está “entre o detestado e o odiado”, que é aquele que eles adoram detestar. Eles, é claro, são os partidos da oposição, são os sindicatos, são os jornalistas, são todos os que o contestam.
As suas declarações na China em que invocou, entre “cinco boas razões para investir em Portugal”, o facto de os salários em Portugal serem mais baixos que a média europeia, geraram uma onda de contestação. Os “sobes e desces” dos jornais não tiveram misericórdia, no Parlamento pediu-se a sua cabeça, nos blogues o ministro foi trucidado. Agora, na viagem de regresso, o ministro da Economia desabafava e fingia que não se incomodava. (…)»
Sobre viagens em 1ª classe o mesmo jornal faz manchete de um segredo mal guardado:
«Há técnicos do Banco de Portugal (BdP) que viajam em primeira classe nas deslocações de avião, apurou o Jornal de Negócios. Esta prática contraria a resolução do Conselho de Ministros (RCM) de 13 de Abril de 2006 – aprovada no âmbito do processo de consolidação orçamental –, segundo a qual os membros do Governo, com excepção do primeiro-ministro, e salvo nas situações de viagens intercontinentais, e “os gestores de empresas públicas, institutos públicos ou equiparados, devem utilizar preferencialmente a classe económica”. (…)»