Acabou de sair o Boletim de Outono do Banco de Portugal com revisões muito significativas em quase todas os agregados económicos. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF – vulgo Investimento) sofre a maior revisão sendo o valor do Boletim de Outono inferior em 2 ponto percentuais (-3,2%) face ao apurado anteriormente. O Consumo Público é também revisto em baixa de +0,7 para -0,2% aproximando-se agora dos dados apurado pelo INE no último exercício de Contas Nacionais Trimestrais. O Consumo Privado é dos agregados que sofre menor alteração sendo, ainda assim, revisto em baixa duas décimas. Finalmente, os agregados do Comércio Externo sofrem fortes revisões que actuam no mesmo sentido em termos de evolução do PIB contribuindo para que apesar das revisões negativas nas rubricas já mencionadas, a estimativa de Banco de Portugal para o PIB de 2006 se mantenha idêntica à do boletim do Verão: 1,2%.
Nesta ligação (prima o rato sobre este texto) apresenta-se o quadro comparativo onde poderá encontrar uma síntese dos números aqui comentados.
Ah! Só mais uma nota breve, entre os dois gémeos à escolha quanto à inflação, muito naturalmente o Banco de Portugal optou pelo gémeo mais verdadeiro: o cenário da inflação para 2006, 3,0% – precisamente o cenário mais provável apresentado no Economia e Finanças há já alguns dias – , é o que resulta da série que o INE corrigiu com a divulgação de Setembro.