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Será que o mercado imobiliário vive uma bolha?

Uma pergunta de um milhão de euros que muitas pessoas se colocam, quer tenham uma casa para vender ou quer queiram comprar uma nova casa: será que o mercado imobiliário vive uma bolha? Vamos neste artigo ajudar a responder a esta questão.

 

Como é determinado o preço?

A primeira pergunta a que temos de dar resposta permite-nos perceber como é determinado o preço das casas. O processo não é diferente de qualquer outro produto e resulta da relação entre a procura e a oferta. Se a procura é superior à oferta, os preços tenderão a subir. Se pelo contrário, a procura é inferior à oferta, os preços tenderão a baixar. Simples?

 

A oferta é muito rígida

A oferta de imóveis demora muito a ajustar-se. Na prática, para aumentar a oferta temos de iniciar a construção de mais imóveis ou temos de reabilitar imóveis antigos que estavam fechados (e expulsar alguns okupas). É fácil de perceber que uma subida da procura tem uma resposta da oferta muito mais lenta.

 

A procura não para de aumentar

Este tem sido o grande impulsionador dos preços. A procura de imóveis, especialmente nas principais cidades, tem vindo a aumentar todos os meses. Alguns motivos para isso:

1. Os estrangeiros encontraram este país à beira mar plantado para sua primeira habitação. É verdade, muitos estrangeiros optaram por vir de malas e bagagens para Portugal para viver, seja para trabalhar em empresas estrangeiras que vieram para Portugal, seja para passar as suas reformas e beneficiar do nosso clima, cultura, simpatia e impostos mais baixos.

2. Os turistas invadiram o país. Estamos a ser colonizados por estrangeiros e isso tem impulsionado diversos setores e criado muitos empregos, nomeadamente o alojamento local.

3. A oferta de crédito habitação e o atual nível de taxas de juro tem tornado a compra de casa uma hipótese a considerar por muitas famílias portuguesas, contribuindo para a troca de casa (tipicamente para casas maiores e mais caras).

 

O arrendamento também dá algum suporte…

Os aforradores em Portugal gostam bastante de depósitos a prazo, uma aplicação financeira que é muito popular. Acontece que a queda das taxas de juro pode beneficiar o crédito, mas prejudica quem tem dinheiro para investir. Assim, muitas pessoas deixaram de fazer depósitos a prazo e desviaram o dinheiro para a compra de casas para arrendar. Estas pessoas procuram rendimento e analisam a relação entre o valor das rendas e o preço das casas. Se o preço das casas sobe o valor das rendas tende a subir, dois efeitos que se reforçam um ao outro.

 

O que concluir de tudo isto?

O preço das casas tem subido e em alguns casos está aos níveis dos preços em várias das principais cidades da Europa. O país está na moda e não parece que venha a deixar de estar na moda tão cedo. Mas também é certo que vivemos momentos em que as economias se ajustam muito rapidamente a alterações económicas e financeiras. O futuro é incerto e decisões de compra de casas precisam de ser bem ponderadas. Todos os custos devem ser bem analisados (também os custos de manutenção de conta, quando falamos do crédito habitação), as contas devem ser bem feitas e não deveremos querer ter um retorno imediato.

Um comentário

  1. Da leitura deste artigo concluo que o mesmo nao acrescenta nem retira conhecimento. Assim sendo mais valia nao terem perdido o seu tempo a redigir “nada”!

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