Exportações superam importações cinco meses depois (Bens)

Até serem divulgados os dados de agosto de 2017 referentes às Estatísticas do Comércio Internacional (do INE) era preciso recuar até março de 2017 para encontrar as exportações de bens a crescer acima da taxa de variação homóloga das importações.

Os quatro meses seguintes foram assim de degradação da balança comercial até que em agosto, as exportações aceleram muito significativamente – em comparação com igual mês do ano anterior – crescendo 14,3%, tendo-se vendido quase mais €500 milhões que há um ano.

As importações, também em agosto, aumentaram, 12,8%, o mesmo que haviam registado em julho. Já as exportações mais do que triplicaram de ritmo de crescimento quando se compara a taxa de variação homóloga de julho (4,6%) com a já referida de agosto (14,3%).

Igualmente significativo, quanto às exportações, é o facto de estas terem acelerado fortemente tanto quando se consideram os compradores intra-comunitários quanto os extracomunitário. O INE informa que as exportações cresceram 10,7% no Comércio Intra-UE (2,1% em julho de 2017) e 23,3% no Comércio Extra-UE (+12,4% em julho de 2017)

O forte crescimento homólogo das exportações de Material de transporte (39,1%) e de Combustíveis e lubrificantes (38,0%) justificam o comportamento agora registado em agosto, relembrando assim o impacto da produção da Autoeuropa – que se aproximará da velocidade de cruzeiro em termos de produção do seu novo veículo nos próximos meses – na balança comercial de bens.

As exportações para a Alemanha foraa as que mais cresceram em agosto:+21,1%. A Espanha, nosso principal destino também registou um crescimento elevado ainda que mais modesto do que a Alemanha:8,3%. Estes dois países são também os que merecem maior destaque por parte do INE quanto à magnitude do crescimento das importações.

O INE sublinha que, apesar dos dados de agosto, “no trimestre terminado em agosto de 2017, as exportações e as importações de bens aumentaram respetivamente 8,0% e 10,8% face ao período homólogo”.

Um comentário

  1. Infelizmente o último trimestre de 2017 vai ser ao contrário face à seca que assola o país. Vamos ter que importar inúmeros bens de primeira necessidade onde já somos auto suficientes, nomeadamente produtos hortícolas e até pescado português, não chove o mar não se revolta e o peixe não se alimenta.

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