Quantos anos teria de trabalhar sem comer para pagar o que deve ao banco?

Em jeito de contributo para a literacia financeira e inspirados pela frase de hoje do Ministro da Educação Nuno Crato:

“Teríamos de trabalhar mais de um ano sem comer, sem utilizar transportes, sem gastar absolutamente nada só para pagar a dívida”

deixamos à consideração dos leitores, em particular dos que têm crédito bancário, estas outras perguntas:
Quantos anos teria de trabalhar sem comer, sem utilizar transportes, sem gastar absolutamente nada só para pagar o que deve ao banco?
E feitas as contas, acha que foi imprudente quando constituiu o crédito?
Sente-se culpado pela dívida que tem?
Quando se decidir por um crédito e não souber qual o valor máximo a pedir e suportar, deve usar como critério o número de dias, meses ou anos que teria de ficar em privação total para pagar?
Que outros critérios lhe ocorrem?
Dívida em alemão (“schuld”) escreve-se da mesma forma que a palavra culpa. Em Portugal também devia ser?
Quando é que a dívida é aceitável?
Em quê é que a dívida é aceitável? Com que critérios?
A dívida é desejável em alguma circunstância?

11 comentários

  1. Pagar a dívida dos que roubam???
    Andam de barriga cheia, carros e casas de luxo e o povo e que tem que pagar as dívidas??? Naaaaaaa! Eram enforcados na praça publica. Isso sim seria uma politica correta de verdadeira democracia!

  2. A pergunta de quantos anos precisava de não gastar nada para pagar a divida acho que está mal formulada, devia ser feita assim, quanto tempo deviam estar a trabalhar sem cobrar nada os políticos, os gestores, os banqueiros etc,etc,? porque foram estes que levaram o país à ruína e não o povo porque este pagou e paga os impostos, pagou e paga os seus créditos aos bancos portanto não foi por causa destes que o país está na falência, porque no universo dos

  3. Porque não virar a pergunta?
    1. quantos banqueiros teriam de ficar sem comer para pagar a Dívida? Bastariam 3 ou 4.
    Ou colocá-la de outra forma.
    2. E se tiveres perdido o emprego devido à crise financeira e não tiveres qualquer rendimento, quantos anos te levaria a pagar a divída? infinitos.
    Solução: não pagar. Aliás, torna-se uma “inevitabilidade” quando se procura a “culpa” (“schuld”) no lugar errado. Ou se culpa o culpado errado.
    Espero que as perguntas tenham feito pensar (e virar).

  4. Este ministro é uma sumidade. Só duma cabeça brilhante como a dele podia sair tal questão. Não esclarece é porque tem todas as suas poupanças depositadas em bancos estrangeiros e acho que o povo português gostaria de ser esclarecido disso.

  5. O gravíssimo problema de que os portugueses, maioritariamente, têm de se libertar,é do imprevisto facismo legalizado a que têm estado e continuam a estar, cada vez mais gravemente,e opressivamente, sujeitos.Tem vindo a ser subvertido,cada vez mais acentuadamente,o conceito de democracia em em nome desse conceito.Esse elevado nível de subversão permite que um governo de mediocres mercenários sem ética,deleguem o seu poder legal, num bando de exploradores e especuladores – ladrões legalizados, os quais na medida acelerada em que acumulam fortunas indevidas,lançam na miséria mais de 60% da população nacional, ou seja: uma minoria de assaltantes,sem ética, acessorados por mediocres mercenários da mesma natureza ética, dominam o país. Como sair desta tragédia? Essa é a resposta que mais de 80% da população nacional tem de encontrar, urgentemente.

  6. Os que fizeram as dividas que as paguem como o BPN a compra dos Submarinos e os ordenados churudos de algomas dezenas de milhar são estes que desgraçaram o Pais.

  7. Amigos, não vamos por aqui. Só banqueiros? são eles o mal de tudo o que nos aconteceu? Não. E a comunicação Social ? já viram quem está sempre lá a mandar bocas ? sempre os mesmos e que dizem defender os mais desfavorecidos. Depois temos uma esquerda folclórica, cuja quota parte nesta desgraça, a ela se lhes deve. Veja-se o caso de Angola, uma vergonha nacional, só espero que aos nossos compatriotas que lá ganham o seu pão, com muitas dificuldades a amarguras, não lhe aconteça a mesma coisa que em 1975 aos chamados retornados. E a nossa direita, bem melhor seriam estarem quietinhos para minimizar os estragos. Numa palavra: infelizmente nunca tivemos alguém que nos soubesse governar e nunca iremos ter, porque aquele que tinha esse dom, mataram-no.

  8. Em várias conversas debato me com este problema/necessidade de recorrer ao crédito bancário.
    Houve politicas em Portugal para que todo o cidadão tivesse acesso ao crédito, colocaram as regras que entenderam e agora culpam nos?(o cidadão confiou no bancário que cumpria diretrizes superiores)
    Não posso aceitar de forma alguma que passem a culpa aos devedores quando foram os credores que lhes “pintaram um mundo cor de rosa”.
    Onde é que houve profissionais de bom senso e com formação futurista?
    Concluo com tudo isto que as politicas portuguesas caminham para o aluno ensinar o professor!!

  9. Não percebo muito bem estes comentários…
    O homem fala uma verdade… a dívida que vinha de antes fez com que ficássemos SEM UM TOSTÃO para pagar aos trabalhadores da função pública e acção social do estado.
    Para poder continuar a ter dinheiro para pagar a tão bendita acção social e a função pública foi necessário pedir dinheiro à Troika para irmos resolvendo isto… alguém julga que o dinheiro que se pediu à Troika era pouco?!?!??!
    Se estamos a conseguir ir pagando o que nos foi emprestado… e ainda estamos a conseguir ter alguma tesouraria… quer dizer que o que eles andam lá a fazer não pode ser mau de todo.
    Claro que se nós em nossa casa tivéssemos um problema equivalente ao do estado.
    Uma dívida gigantesca para pagar (para este exemplo, não interessa de quem é a culpa)… mas que é necessário pagar, alguém tem dúvida que essa família iria passar dificuldades até conseguir pagar tudo?!?!

    1. Fernando a frase “a dívida que vinha de antes fez com que ficássemos SEM UM TOSTÃO para pagar aos trabalhadores da função pública e acção social do estado” é falsa no seguinte sentido. Com a declaração de que cada um está por si feita em 2010 por Angela Merkel, vários Estados, incluindo o nosso, começaram a ter dificuldades crescentes (de forma relativamente repentina) em refinanciar a sua dívida. Foi desde então que os juros da dívida pública nos mercados dispararam e passaram a reagir de forma muito mais aguda ao que se passava no interior de cada país. Na prática, os mercados perceberam que tinham sido enganados, afinal emprestar a um Estado da zona Euro não era igual a emprestar a um qualquer estado da zona euro. Note que os mercados até encararam como positivo o aumento da dívida em muitos páises em 2009 como forma de amenizar a crise, pois acreditavam que era uma decisão concertado e sustentável pela solidariedade esperada em caso de algum sentir alguma dificuldade. Mas a solidariedade assumida pelos mercados foi recusada de forma pública e espetacular pela alemanha.
      Hoje o défice anual é justificado na sua quase totalidade por dívida que temos de contrair para pagar os juros da dívida e em 2011 e 2012 não foi muito diferente disso. Ao contrári ode uma famílai com um crédito à habitação a 40 anos, os Estados tem boa parte da sua dívida a prazos mais curtos (apesar de muita del financiar nvestimentos de longo prazo, como as estradas, escoals, barragens, etc) o que implica revisões mais regulares das condições do empréstimo e maior insegurança quanto ao juro a pagar. Se ocorre um choque como o provocado por Merkel, naturalmente qualquer “família” solvente pode passar a ter graves problemas. Imagine que o seu banco unilateralmente decidia subir-lhe a taxa do crédito à habitação de u mdia para o outro. Uma famílai de boas contas poderia rapidamente passar a ter enormes dificuldades de tesouraria.
      O que se recebe de receitas cobre na integra todas as despesas do Estado que refere: salários, ação social.
      O que se fez entretanto, uma vez que o dinheiro, considerando a dívida e os juros, não chegava para tudo, foi ir escolhendo quais as vítimas das falências parciais do Estado. E, por opção política e suposta justificação económica que se provou falhada (podemos falar nisso noutro momento), decidiu-se manter intocada a dívida e ir “falindo” o Estado ou fazê-lo rasgar compromissos que tinha com residentes, sejam eles funcionários públicos (que perderam e perdem de facto salários), sejam pensionistas (que perderam e perdem de facto pensões), sejam contribuintes em geral que viram a carga fiscal aumentar.
      Se amanhã o Estado falir e/ou optar por escolher outras vítimas do desequilibrio financeiro que , de facto ,existe, (deixar de pagar a dívida e os juros da mesma) continuará a haver dinheiro para salários, pensões e demais ação social. Teremos outros desafios, mas, objetivamente, haverá tanto dinheiro quanto aquele que o Estado arrecada como fração da riqueza produzida e esse valor não passou para zero. Muito longe disso.

  10. eu não devo aos bancoe se algum dia lho pedi paguei-lhes com juros por isso não lhes devo nada,p….a aue os pariu nem que fossem á falência eu me preocupava com eles.

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