Previsões para a economia portuguesa 2013-2015 (Boletim de Inverno)

O Banco de Portugal fez publicar a sua edição do Boletim Económico relativo ao inverno de 2013 na qual, entre muitos outras análise apresenta uma revisão das suas projeções económicas para 2013 e 2014 e apresenta previsões para 2015 relativas a alguns dos indicadores mais relevantes em termos macroeconómicos. Para 2013 o Banco de Portugal aponta para uma ligeira revisão em alta da evolução do PIB esperando que a economia portuguesa termine o ano encolhendo 1,5% face a 2013. Para este cenário não tão negro quanto o traçado em edições anteriores do boletim económico deverá contribuir uma desaceleração da queda do consumo privado  e do consumo privado que deverão ser suficientes para compensar uma revisão em baixa do impacto positivo das exportações líquidas.

Para 2014 o Banco de Portugal antecipa um crescimento de 0,8% que deverá aumentar para 1,3% em 2015.

Relativamente à evolução dos preços as expectativas apontam para uma inflação muito moderada em 2013 mas também nos próximos três anos (0,5% em 2013, 0,8% em 2014 e 1,2% em 2015).

Eis o principal quadro síntese do Boletim Económico:

BOL INV 2013Finalmente, eis o que o Banco de Portugal antecipa para a evolução do emprego e desemprego:

“(…) O emprego no setor privado deverá apresentar uma redução em 2013, seguida de uma recuperação moderada, aproximadamente em linha com a evolução projetada para a atividade. A redução do emprego observada desde 2011 reflete alguma dificuldade na reafetação setorial dos trabalhadores desempregados, contribuindo para limitar os ganhos de emprego. Em particular, refira-se a elevada redução do emprego em setores intensivos em trabalho e associados a níveis de qualificação mais baixos da mão-de-obra, como a construção. O aumento do desemprego de longa duração tem ocorrido em simultâneo com um aumento do número de desencorajados e com uma redução da população ativa.
A queda muito expressiva da população ativa reflete ainda o comportamento dos fluxos migratórios.
As atuais projeções consideram uma redução significativa da população ativa em 2013 (cerca de -2 por cento), em linha com a evolução observada nos primeiros trimestres do ano, e uma redução marginal no período 2014-2015. A evolução da população ativa está associada ao contributo negativo do fator trabalho para o crescimento do PIB em 2013, que deverá situar-se em -1.8 pontos percentuais (p.p.), sendo marginalmente positivo em média no período 2014-2015 (…). O contributo da produtividade total dos fatores para o crescimento do PIB apresentará uma ligeira aceleração ao longo do horizonte de projeção, de 0.6 p.p. em 2013 para 1.3 p.p. em 2015. O crescimento da produtividade total dos fatores traduzirá, entre outros fatores, um aumento da utilização da capacidade produtiva, bem como a reestruturação da economia atualmente em curso, implicando a permanência no mercado das empresas mais produtivas. (…)”

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