Gastos em proteção social em Portugal repetidamente inferiores à média da UE (2008 a 2011)

O Eurostat divulgou hoje as estatísticas sobre a despesa em proteção social  na União Europeia, medida em percentagem do PIB (2008 a 2011). No quatro anos representados (2008 a 2011) a percentagem do PIB português afeto a proteção social foi sistematicamente inferior à média comunitária tendo-se fixado em 26,5% contra 29,1% na média da União Europeia. Doze dos 28 países da UE registaram uma percentagem superior a verificada em Portugal incluindo-se entre eles a Alemanha, a Irlanda, a Grécia, a Itália, a Holanda, a Áustria e o Reino Unido. Na Espanha este indicador foi de 26,1% em 2011.

Mas além da fração da riqueza natural que é afeta à proteção social é particularmente significativa identificar diferenças significativas ao nível das parcelas/destinos desse investimento.

Detalhando por destino, relativamente a 2011, a despesa em pensões de velhice e sobrevivência representou em Portugal 55,2% do total ficando claramente acima do peso médio da UE: 45,7% na UE.

Já proteção na doença e com saúde  (33,3%) sucedeu o contrário  (37,1% na UE) bem como na proteção às crianças e apoio às famílias que em Portugal absorveu 4,9% da proteção social contra 8,0% na UE.

O desemprego em 2011 absorveu 5,5%  do total da verba afeta a proteção social (5,6% na UE) e os apoios à habitação e aplicado no combate à exclusão social tiveram em Portugal um peso muito inferior (1,2%) à média da União Europeia (3,6%).

 

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