Futebol português: Receitas publicitárias versus retorno publicitário

No muito recomendável Futebol Finance apresenta-se hoje um resumo de um estudo da Cision que analisa o retorno dos patrocinadores do futebol português face ao investimento realizado. Sendo um exercício algo subjectivo encontra-se contudo estabelecido na praça e estudos deste género são frequentemente utilizados como referência, quer nas decisões de investimento publicitário, quer na formação de preço dos contratos. Eis alguns dados de balanço entre investimento e retorno:

“(…) Com um ROI de 259,9 milhões de Euros, a Portugal Telecom ocupa lugar de destaque no que diz respeito ao retorno da sua publicidade, pela divulgação do seu conjunto de marcas (PT, Meo, Sapo e TMN). Deste valor só com os patrocínios a Benfica, Sporting e Porto a TMN tem um retorno de 90 milhões de Euros. No entanto ao avaliar o ROI das marcas individualmente, o BES é o que obtêm maior retorno com 126 milhões de Euros. (…)”

Retenho ainda os últimos dois parágrafos de opinião neste artido do Futebol Finance, “O retorno publicitário do futebol Português 2008”:

” (…) Este estudo da Cision vem por a nu a fragilidade do poder de negociação dos clubes Portugueses, no que diz respeito à angariação de patrocinadores. Percebe-se que o futebol é o desporto, palavra e marca que mais receitas gera em Portugal e já vai sendo altura dos clubes elevarem o patamar dos contratos publicitários que efectuam com as grandes empresas nacionais, que anualmente revelam lucros astronómicos.

São centenas os meios de comunicação e empresas que retiram do futebol a sua cota parte de receitas, no entanto os clubes Portugueses não conseguem retirar das empresas patrocinadoras 10% do valor do ROI estimado neste estudo. Quando uma das maiores fontes de receita dos clubes é a venda de publicidade, é notório que o futebol oferece mais às marcas, do que as marcas oferecem ao futebol.”

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