E você, preocupa-se com a sua reforma?

Li há pouco a notícia “Portugueses não pensam na reforma ” na qual se diz, com base num estudo com a chancela do ISCTE pago pela CGD que “os portugueses que se consideram mais felizes também têm maior nível de consciência relativo à reforma”. Admito que seja mais fáci lser-se feliz se tivermos capacidade de poupança sem com isso perjudicar a nossa capacidade de sermos benevolentes connosco no presente, tantas vezes traduzida na capacidade de consumo logo, não me espanta que havendo essa capacidade de poupança, haja maior consciência para aforrar para reforma criando-se assim a tal correlação positiva: mais capaz de poupar, mais feliz, mas prevenido quanto à reforma.

E o elitor que diz sobre a sua reforma? Enquadra-se neste perfil? É jovem e já amealha para reforma? Prefere investir no presente a acumular felicidade potencial para o futuro? Não tenho muito o hábito que interpelar os leitores mas se tiverem interesse podemos trocar impressões na caixa de comentários. Deixarei por lá a minha opinião pessoal.

7 comentários

  1. Eu tenho 33 anos e não possuo qualquer produto designado de poupança reforma, mas sou fã da perspectiva aforradora, sempre com o objectivo de investimento. Se a família crescer precisarei de casa nova. É natural que tenha de mudar de automóvel ao longo da vida(espero que o próximo já seja ambientalemtne mais suustentável), imagino que tenha despesas acrescidas com a educação dos filhos. Tudo isto será bastante mais dispendioso se o alcançar recorrendo ao crédito como tal acumular capital desde que possível parece-me inteligente.
    Para já, ainda não me convenci da bondade de subscrever PPR e ter por lá o dinheiro imobilizado durante quase 30 anos. O uso consciencioso do dinheiro que sobre além das despesas básicas pode ser perfeitamente encarado como um sistema de poupança para reforma.
    Colocar num PPR para depois ter de ir pagar spreads ao banco… enfim, dificilmente será compensador. Já se eu fosse mais feli$$$, a situação seria diferente 🙂

  2. Eu tenho 25 anos e desde cedo planeei subscrever um PPR (iniciei-o quando fiz um ano de trabalho, aos 23 anos), por observar a nossa realidade e as perspectivas de ter exclusivamente uma reforma suficiente pela segurança social serem cada vez mais diminutas. Infelizmente observamos que o estado social não tem pernas para andar (pelo menos numa perspectiva de longo prazo) e ao investir a pouco e pouco no nosso futuro é sempre uma mais valia que criamos.
    Penso que cada um não pode apenas deixar a sua reforma nas mãos do estado e deve também (pelo menos tentar) tomar uma posição mais activa no planeamento do seu futuro. Claro que há uma fatia da população que não consegue retirar uma parte dos seus rendimentos mensais para investir no PPR, mas também a grande parte da população vive acima das suas possibilidades. Não enveredando por esta caminho penso que temos de ser mais autónomos e não dependermos sempre de terceiros. Se uma pessoa só consegue retirar nem que seja 10€ por mês, ao fim de uma vida esses 10€ (que significaram na altura a supressão de um desejo/necessidade) vão valer muito mais quando precisos. O PPR é um plano que quando for preciso vai ser muito útil.

  3. Penso que aos “vintes” pensar em reformas é resumir ainda mais o tempo de vida!

    Antes de se pensar em reformas é necessário pensar na vida activa. É isso que eu tenho feito… no meu caso faço sim é muitos PPV (planos de poupança vida).

    Como posso eu pensar em PPR se ainda tenho de pensar em carro, casa e filhos.

    Quando tiver isto resolvido… se lá chegar.. aí sim concordo… preparo a minha reforma… que pretendo goza-la bem!!!

  4. Dona ou Menina, conforme ache mais adequado:
    É bom poder pensar assim; isso significa que ainda está na pujança de sua vida. E, como nunca sabemos o que nos irá acontecer àmanhã, o que se vai vivendo é, ao cabo e ao fim o que capitalizamos pela certa. Mas como já tenho um longo percurso, de uma vida vivida com inúmeras contingências, minha tendência, como aliás da maioria das pessoas de minha faixa etária, é a de lançar um aviso de alerta, a que se usa dizer “dar conselhos”, para que nunca se devem por as coisas numa unica perspectiva de vida. Concordo que se deve viver intensamente, quanto baste, o que de bom pudermos viver; mas isso não deve nunca atirar-nos para um descuramento de pensarmos que o futuro nos pode um dia ser traiçoeiro, e quando menos esperemos estarmos a braços com uma inultrapassável carência de protecção, que, acho que de modo errado, se vai adiando o modo de a minimizar. Quando se tem saúde e vigor, até parecem ridículas as preocupações de prevenir o futuro; só que isso não são coisas que alguém possa tomar como garantidas. Pense mais amadurecidamente e previna-se enquanto é tempo, para não ter de acabar seus dias se lamentando. Que seja sempre muito feliz e que a vida lhe sorria…

  5. Caro José Costa,
    Agradeço-lhe o conselho.
    Tudo o que falou não deixa de ser verdade, no entanto, podemos ter outros hábitos de poupança que nos prapare para a vida incluindo a reforma, não tendo que recorrer a PPR e não pensando em reformas.

    Vou expor o meu caso…

    Prentendo, como já disse, fazer investimentos em casa, carro e filhos e para isso tenho feito as minhas poupanças. Ao logo da minha vida também pretendo ter sempre uma outra poupança para qualquer eventualidade não planeada.

    É assim que tenho planeado a minha vida sem pensar em reformas … porque me parece pensar em coisas que vão acontecer daqui a tanto tempo…

    Aguardo mais conselhos!

  6. As alternativas de poupança (mesmo para a reforma!) não se resumem aos PPR, aliás, uma área onde me parece que a supervisão e controlo deveria ser muito mais apertada do que tem sido até aqui, ou senão teremos tristes surpresas!

    Assim, planos mutualistas são uma alternativa a considerar, bem como as tradicionais contas a prazo. Os certificados de aforro eram também uma excelente alternativa que, de uma penada, foi descridibilizada e os responsáveis, pasme-se estão impunes!. Há também alguns seguros reforma que podem ter interesse, mas também aqui a cautela deve imperar!

    🙂

  7. NATÁLIA em 23 April, 2009:

    Foi simpático de sua parte ter feito referência ao que escrevi. Obrigada.
    Mas pelo que me deixou transparecer, é uma pessoa equilibrada que chegue para saber o que quer da vida e para reflectir sobre o que o futuro poderá ou não lhe proporcionar. Acho que isso é o essencial, desde que de forma inteligente consiga gerir todos os factores primordiais, quer ao acautelamento do futuro, quer quanto a não deixar que a vida se esvaia sem dela ter usufruido aquilo a que penso todos termos direito. E faço uma pequena referência a um sobrinho meu que, foi sempre o melhor aluno nos estabelecimentos que frequentou, Após completada sua formação (arquitecto) tinha planeado seu casamento e tudo o que envolve uma vida nessa idade. Um atropelamento na Praça de Espanha ceifou-lhe a vida. Fica a pergunta: De que serviu tanta dedicação e tantos êxitos alcamçados se acabou nor não usufruir o que mais almejava??? Mas não podemos assentar um conceito de vida nestas fatalidades e temos de ser perseverantes. Isso inclui acreditarmos que todas as hipóteses podem acontecer e, para cada uma delas estarmos preparados para suprir da forma mais conveniente. Desculpe o alongamento, e desejo-lhe as maiores felicidades…

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