O Ouro da recessão

Ouro sobre azul. O azul são as bolsas de acções, o ouro (e demais preciosidades) é o que “está a dar” nestes dias em que o Citibank declarou prejuízos num valor próximo do défice orçamental português.

Em suma, mais um dia de afundanço generalizado nas bolsas internacionais com a degradação dos índices de confiança dos investidores alemães a darem um empurrãozinho.

Bear with me: talvez até haja acções em desconto, mas enquanto o dinheiro foge para outras paragens aos magotes, ao sabor dos pelos animal spirits, quem é que vai aos saldos?

O que é um bear market? Espreite aqui.

8 comentários

  1. portanto…quem tem dinheiro deve aproveitar a baixa dos preços das acções e aumentar o seu portfolio??

  2. Eu diria que deve estar atento, mas provavelmente o melhor será esperar mais umas semanas ou meses. Enquanto anda tudo a descer tanto é melhor deixar descer. Se por ventura na Europa a economia se aguentar pode ser que o mercado regresse a “outra” racionalidade. Mas claro depende da aversão ao risco de cada um.

  3. E por falar em CitiBank, o que pensam da entrada em Portugal no negócio do retail banking?
    A taxa nos depósitos parece muito atractiva.
    Embora ainda não funcionem como banco nas vertentes de cartões de débito e cheques, permitem domiciliar pagamentos e efectuar transferência interbancárias gratuitas.

    Exceptuando a CGD (e alguns bancos quando o cliente adere a determinados pacotes de produtos e serviços), a maior parte das instituições bancárias cobra pelas transferências (há bancos que cobram até mesmo nas transferências entre contas do mesmo banco desde que as contas tenham titulares diferentes).

    Fiquei escandalizado com o Montepio. Numa tranferência de montante relativamente baixo cobrou 1 euro.

  4. Começo a arrepender-me da decisão de abrir conta no CitiBank.

    Vários dias após o comercial ter recolhido os documentos, liguei para a linha indicada no site e… qual não é o meu espanto quando me dizem que não têm qualquer registo da recepção dos documentos (!).

    A funcionária comprometeu-se a averiguar pessoalmente e a ligar-me no dia seguinte (ou a transmitir a outro colega para me ligar).

    Como não me ligaram, liguei eu.
    Fui atendido por outra funcionária, que me deu a mesma informação.

    E mais surpreendido fiquei quando (após várias questões directas) fiquei a saber que o CitiBank subcontrata a outras empresas os serviços de angariação de clientes (sempre sob estrita confidencialidade) usando profissionais recrutados sob um rigoroso processo de selecção.

    Tecnicamente, os nossos dados pessoais andam a circular por várias mãos, sob a “capa” da confidencialidade.
    Tecnicamente, um profissional menos cuidadoso (ou com menos sentido ético) poderá permitir-se a copiar alguns dados e vender a empresas de telemarketing e afins (já para não pensar em activididades ilícitas, aquisição fraudulenta de bens, etc, etc).

    Estou consciente que a própria adesão online expõe e possibilita a cópia desses mesmos dados (embora o protocolo SSL nunca tenha sido “quebrado”).

    Mas o que está aqui em causa é uma certa falta de controlo e talvez desresponsabilização da casa-mãe caso surjam problemas sérios …

    Voltando ao assunto, também esta funcionária se comprometeu a resolver pessoalmente o assunto e a ligar-me no dia seguinte (cumpriu!).

    Ligou-me e disse-me que tinham sido localizados os papéis e que iriam tratar de tudo para a abertura de conta. Brevemente receberia em casa os códigos, identificação, NIB, etc. Menos mal!

    Poucas horas depois, liga-me uma outra funcionária dizendo que me esqueci de anexar comprovativo do NIB.
    Errado! Anexei uma cópia da impressão gerada a partir do CaixaDirectaOnline, cópia de um extracto de conta de um cartão concorrente e cópia da liquidação de IRS (na qual consta o nome, morada e NIB!)

    Sob a desculpa das normas rigorosíssimas do Banco de Portugal, a funcionária insistia que os documentos não eram válidos…
    Com um tom de voz mais alterado, expliquei-lhe que sou cliente do cartão há 2 anos, têm em base de dados o meu NIB que é o mesmo que usam para debitarem o valor das compras efectuadas com o cartão e nunca houve problema nenhum nem pagamentos atrasados.
    Porquê a desconfiança?
    Não se entende, principalmente sabendo que o CitiBank já possui uma autorização de débito sobre a mesma conta.

    O próprio comercial que recolheu e validou a documentação até referiu que tinha comprovativos a mais.

    Não deixa de ser curioso que para me atribuírem um cartão de crédito não foram assim tão rigorosos.
    Mas para me autorizarem a pôr lá o meu próprio dinheiro, estão claramente a exagerar no rigor.

    Há simplesmente coisas que não fazem sentido.
    Até porque se houver alguma incorrecção, certamente a CGD iria impedir o débito em conta.

    Novamente em tom endurecido disse claramente que recusava enviar fotocópia de cheque e que não enviaria mais comprovativo nenhum. Aproveitei para perguntar o que seria para o Citibank um comprovativo válido (exceptuando o óbvio talão de consulta de NIB no multibanco)….. ok… fotocópia de caderneta.

    Terminou por dizer que a conta iria ser aberta, receberia a documentação em casa, mas teria de ser eu a fazer uma transferência para a minha futura conta no Citi.

    Várias horas depois verifiquei, através da nova interface segura no site, que continuava tudo na mesma!
    Sem nenhuma indicação de conta aberta em meu nome.

    Sendo um banco a funcionar online, não se entende o porquê da demora. Principalmente tendo por base uma reclamação do cliente.

    Se eu me deslocar a uma agência de qualquer banco e preencher os papéis, ao fim de poucos minutos o funcionário introduz os dados no computador e diz-me na hora o numero de conta, NIB, etc. Tudo na hora!

    Mas no CitiBank parece que as coisas não funcionam assim… tanta tecnologia parece que só atrapalha 🙁

    Vou aguardar mais uns dias e voltarei a postar aqui a continuação da experiência.

    Obviamente que se eu fosse um “cliente mistério” ou “cliente invisível”, o CitiBank teria chumbado este teste com total distinção.

  5. Arrependi-me de não ter juntado como comprovativo uma fotocópia do extracto mensal do próprio CitiBank.
    Aí eu queria ver se vinham com a conversa de não ser válido 🙂

    Há vários meses atrás (antes de ter efectuado a adesão às contas online do Citibank) reportei 2 graves falhas na segurança:

    1) O facto dos telefonemas efectuados pelo CitiBank aos clientes serem feitos por números não identificados.
    Relembrei a famosa forma de fraude clássica, que consiste no cliente receber telefonema de um desconhecido identificando-se como funcionário do Citibank a querer sacar dados (como o nr de cartão, sob o pretexto de confirmar a identidade do cliente).

    Neste campo permanece tudo na mesma.
    Mais uma vez, voltei a reportar o mesmo problema.

    2) Ao contrário dos bancos portugueses, que se apressaram a introduzir o Chip EMV nos cartões de débito e crédito, algumas das principais empresas estrangeiras parecem não estar preocupadas.

    Refiro-me ao CitiBank, BarclayCard e Santander.
    No Citibank confirmaram que vários clientes têm pedido do chip. Disseram-me que possuem um sistema anti-fraude e seguros.

    Mas não fico mais tranquilo.
    A clonagem de cartões continua a existir e toda a gente sabe a chatice que o cliente tem de suportar para accionar um seguro (participação às autoridades, comprovativos, deslocações inúteis, etc etc).

    Tenho vindo a reduzir a utilização desses cartões (a favor dos nacionais).

    Mais tarde ou mais cedo, quando os lucros começarem a diminuir, talvez estas empresas aprendam a ouvir as sugestões dos clientes e a preocuparem-se mais com a segurança.

    Apesar de tudo, e embora nenhuma destas empresas preencha todos os requisitos, o Citibank, a Unicre e o Barclaycard parecem oferecer o melhor nível de serviço em termos globais.

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