Ir além dos impostos

E depois das declarações do Ministro, este sublinhado nas palavras de Domingos Amaral, em “De mal a pior…”:

“(…) Aquilo que o Governo conseguiu, e bem, ao reduzir o ‘deficit’, foi aumentar a credibilidade portuguesa em Bruxelas e evitar que fosse o Estado a dar o mau exemplo da incontinência dos gastos. Mas não conseguiu um novo modelo para o crescimento económico português nem aumentar a produtividade nacional. Aliás, na verdade, nem sequer conseguiu diminuir a despesa. Conteve-a, o que é diferente, e conteve-a à custa do investimento público que desceu drasticamente. Ao mesmo tempo, conseguiu cobrar mais impostos. Foram portanto os portugueses que pagam impostos que permitiram ao Governo um brilharete. E isso não é muito bom para a economia. Quanto mais impostos existirem num país, menor é o seu crescimento económico, coisa que qualquer aluno do primeiro ano do curso de Economia sabe. (…)”

6 comentários

  1. Ó Rui, este Domingos Amaral não faz a mínima ideia do que que está a dizer, talvez por não ter frequentado com aproveitamento o tal “primeiro ano de Economia”. Não vejo a utilidade de se citarem desabafos como este.

  2. Grande brilharete, a recolher dinheiro à força. De boa vontade darei um cêntimo por mês para os ordenados do director da DGCI, do Ministro das Finanças e do Secret de Est das Contribuições e Impostos. Já agora, também para o vencimento mensal do Director do Banco de Portugal e do Sr Primeiro ministro. Este cêntimo, destina-se a que estas entidades se preocupem em fazer com que os impostos sejam realmente pagos por quem os deverá pagar, devido a aberrantes lucros. Este cêntimo ainda poderá contribuir para a moralização do sistema fiscal, eliminando certas aberrações fiscais como a colecta mínima, em que empresas de regime simplificado de tributação, mesmo sem lucro (confirmado pelo TOC, obrigatório, que até trabalha para o Estado fornecendo os dados do IVA, do IES, etc…) têm de pagar IRC mínimo; e mesmo sem lucros pagam um outro imposto, a “derrama”, sobre o anterior que já era fictício, sempre pela taxa mais alta permitida por lei.
    Um cêntimo vezes quinze milhões de Portugueses (cinco milhões de emigrantes) daria 15 milhões de cêntimos.
    Todos, de boa vontade, poderemos contribuír com um cêntimo por mês.
    É de dinheiro que depende agora o País não é? Pesca, agricultura, indústria, educação… levou-os o vento.

  3. As receitas do Estado são os impostos! Para baixar o déficit tem de cobrar mais ou gastar menos ou os dois! E ainda bem que estão a atingir o objectivo em periodo de expansão!
    No entanto não se cobraram mais impostos! Cobraram-se os impostos devidos, i.e. aumentou a eficiência da cobrança! Muita gente não estava era habituada a pagar impostos, deve ser em nome desses que o D.A. faz estas declarações! Esses são os que acusam o estado de fundamentalismo fiscal, conceito que só me dá é vontade de rir!

  4. Comentários com observações oportunas, umas mais verosímeis do que outras, mas sem tocar num ponto fundamental: se se diminuir o nível de corrupção económica, evasão e fraude fiscal, num nível apreciável (digamos 5% a 10% – eu sei que neste país é pedir um pouco, mas há que ser ambicioso)o défice desaparece num ápice, e até tinhamos superávits, mesmo com algum aumento da despesa pública, tal é a dimensão do fenómeno no nosso país. Mas esta é uma verdade inconveniente ou não será?

    Os Srs. que laboram no INE, nas contas nacionais, eufemisticamente, apresentam e rotulam tais dados numa rubrica dita, pomposamente, de erros e omissões, que mais não é, em muitos casos, fraude e evasão da pior e economia paralela!

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