Indicadores de Confiança: só a Construção Civil escapa

A Indústria arrasta-se o resto dos sectores está em quebra há algums meses. Os consumidores entraram há muito em onda negativa. Apenas na Construção há sinais de recuperação, uma recuperação que a manter-se pode fazer toda a diferença.

Eis o resumo da análise divulgada hoje pelo INE:

Construção“No Comércio, o indicador de confiança diminuiu nos dois primeiros meses do ano1, contrariando o movimento ascendente iniciado em Setembro. A evolução em Fevereiro foi determinada pelo agravamento observado em ambos os subsectores, mas mais intenso no Comércio por Grosso.

Nos Serviços, o indicador de confiança diminuiu nos últimos três meses e com maior intensidade em Fevereiro. O andamento no mês de referência resultou do contributo negativo de todas as componentes do indicador, embora mais forte no caso das opiniões sobre a evolução da actividade da empresa.

Na Indústria Transformadora, o indicador de confiança recuperou ligeiramente nos dois primeiros meses do ano, mas situando-se ainda abaixo do valor verificado em Novembro.
Na Construção e Obras Públicas, o indicador de confiança também recuperou nos dois primeiros meses do ano, mas mais intensamente em Fevereiro, devido à subida ocorrida no SRE das perspectivas de emprego.

Em Fevereiro, o indicador de confiança dos Consumidores manteve a tendência decrescente devido ao contributo negativo de todas as suas componentes, com excepção das expectativas de poupança. As perspectivas de evolução da situação económica do país apresentaram o contributo negativo mais expressivo pelo quinto mês consecutivo. Refira-se que as expectativas sobre a evolução da situação financeira do agregado familiar atingiram em Fevereiro o mínimo histórico da série iniciada em Junho de 1986.”

2 comentários

  1. Ás vezes a análise a MM3 é enganadora, no caso a saída de um bom mês (Novembro)fez com que a maior parte dos índices piorasse. A verdade é que dá a sensação que este 1º trimestre não é muito famoso, até porque a Páscoa é em Março e isso implica menos dias úteis. Tendo em conta que a procura externa está mais fraca e a inflação está num nível elevado de risco, tenho a sensação que vai ser um ano difícil.

    Contudo, nem tudo são maus indícios, é muito provável que a construção seja uma boa alavanca para este ano, e não é pela parte habitacional, nem sequer pelas obras públicas (que irão concerteza melhorar devido à proximidade de eleições) mas sim devido às grandes obras em parcerias público-privadas, que têm que arrancar necessariamente este ano.

    Considerando que também, a indústria e os serviços não terão um comportamento muito mau, possivelmente algo positivo, isso significa que se chegará ao crescimento previsto, mas não com o contributo externo positivo (infelizmente)

  2. Comecei há pouco tempo a visitar esta página e nunca mais a larguei. Acho bastante útil e com temas muito interessantes e pedagógicos.

    Gostava de aproveitar esta oportunidade e perguntar o que é o Indice de Confiança, tenho uma ideia mas nao sei se é a correcta.

    Obrigado
    Ana Santos

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