Certificados de Reforma do Estado – esperar para ver

aqui referimos o assunto e até hoje não voltámos a abordar a questão porque tem-nos ocorrido diversas vezes aquilo que agora surge dito pela Associação Portuguesa de Seguros (que é obviamente parte interessada):

“(…) Há 50 anos atrás ninguém acreditaria que um dia o Estado em vez de pagar 100% das pensões pagaria apenas 80% porque não tem dinheiro para mais. (…)”

Recentemente o Estado desbaratou um capital de confiança que demora a recuperar. Referimo-nos à alteração sucessiva das regras dos certificados de aforro.

Hoje, é com desconfiança que olhamos para esta iniciativa do Estado que, entre outros, tem sido apregoada como indo remunerar ao nível do que tem sido a história do Fundo gerido pela segurança social, mas que, perante as últimas novidades, tal poderá não ser um dado garantido.

Se não tem que fazer ao dinheiro e, particularmente se está já perto da reforma, o risco será mínimo e o retorno poderá ser interessante. Caso contrário, pense muito bem antes de se envolver um pouco mais com o Estado. É que há de facto risco associado, não o ignore quando decidir.

Logo que haja mais desenvolvimentos que confirmem ou desmontem estes receio, daremos deles aqui nota.

2 comentários

  1. A propósito dos certificados de aforro, tive ocaisão de expender um comentário, em que aludi à importância da transparência e da confiança como valores não apenas moraos, mas sobretudo sociais e logicamente económicos.

    Desbaratá-los em qualquer circunstância é delapidar um capital único, e, quando os privados o fazem sem serem por isso devidamente “punidos” ou sancionados, já é assaz grave; mas o caminho para o descalabro ocorre quando, despudoradamente, aqueles que, transitoriamente, tem um mandato político, eles próprios o fazem sem a menor sombra de remorso e até como paladinos da boa gestão! E não basta uma punição por via eleitoral, porque outrso efeitos há que deveriam fazer tais senhores ressarcir do seu bolso aqueles a quem imoralmente defraudaram.

    Ora os certificados do estado até poderiam ser um produto interessante para acicatar a concorrência dos produtos congéneres do sector privado, mas nas mãos de troca tintas são uma lotaria sujeita aos humores de quem diz que o que hoje é assim, amanhã será assado, ou pior, esturricado!…

    🙂

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