Uma acção, um voto – o sonho da democracia empresarial

Uma acção, um voto. Poucas vezes temos por aqui recolhido as palavras dos outros no que à blogoesfera diz respeito, em relação a temas económico-financeiros. Em parte porque não proliferam as análise interessante, mas também por distracção nossa. Nesta espécie de clipping comentado que caracteriza uma parte do que se publica no Economia & Finanças passaremos a incluir com maior regularidade (se possível) opinião alheia oriunda de blogues nacionais e internacionais, focando temas que interessem a quem edita estas páginas.  E comecemos já com um destaque. Neste caso de um texto de Vital Moreira. Reza assim:

“(…) Um dos princípios da democracia accionista no governo das sociedades é a regra “uma acção, um voto”. Mas em Portugal são poucas as sociedades que seguem esse princípio (entre elas a Brisa), havendo companhias onde o direito de voto exige a posse de 500 acções ou mais, o que, no caso de algumas (por exemplo, a PT), pode equivaler a vários milhares de euros.

A CMVM acaba de emitir uma recomendação no sentido do reconhecimento de direitos de voto a cada 100 euros de capital. É um passo na direcção certa, ainda que pouco exigente.

Neste contexto de pós OPA’s falhadas revela-se oportuna a acção não-imperativa da CMVM e recomenda-se a pressão social possível a quem a defenda. Se é bem verdade que em democracia se pode democraticamente votar pela ditadura ou pela instauração da oligarquia, também é verdade que sabemos onde isso leva. Não haverá risco semelhantes nas empresas, em tantas empresas nacionais?

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