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Um em cada quatro portugueses poupa para a reforma

Um em cada quatro portugueses poupa para a reforma:

“(…) Portugal é uma excepção na Europa ao nível da população com menos de 35 anos. De acordo com a mesma análise, 43% dos jovens portugueses não está a poupar com objectivos de reforma nem tem intenção de vir a fazê-lo. Ao contrário do que se verifica nos restantes países europeus, como na Alemanha e na Áustria, em que mais de 75% dos inquiridos já iniciou a sua poupança. (…)

O estudo sobre a preparação para a reforma foi realizado para a Fidelity pela consultora TNS na Alemanha, Áustria, Espanha, França, Holanda, Itália, Portugal, Suíça e Suécia, entre Agosto e Setembro de 2006. Foram entrevistadas 4600 pessoas entre a população activa com mais de 18 anos.

In Jornal de Negócios

Poupa para a reformaConclui-se que os portugueses estão atrasados na preparação da reforma. Talvez, mas será assim tão estranho que a maioria da população com menos de 35 anos não tenha entre as suas preocupações de aforro imediatas garantir a reforma? Não seria melhor comparar o destino da despesa (e da poupança), na íntegra, entre os vários países inquiridos, em vez de se focar o estudo apenas no “objectivo reforma”? Talvez até desse para perceber até que ponto poupar para a reforma pode ser opção em cada realidade económica. Uma informação que não seria nada desprezível para a empresa seguradora que realizou o estudo, digo eu. Apresentado assim, a seco, este estudo noticiado no Jornal de Negócios parece apenas idiota.

E já agora, ter filhos é garantir a reforma? Quem tem filhos poupa para a reforma? Descontar para a segurança social é garantir a reforma? Aplicar dinheiro em acções ou obrigações é garantir a reforma? Estudar é garantir a reforma? Como se define exactamente, nesse estudo, poupar para a reforma? Fazer PPR? Investir em aplicações com maturidades superiores à década? Dizer que sim, que o dinheiro no banco é para a reforma? Está visto que hoje acordei (mais) céptico.

 

Adenda: a mesmo notícia, divulgada pelo Diário Económico acrescenta mais alguns detalhes. Os qualificativos e a origem de quem os utiliza são de sublinhar. Uma empresa de seguros a defender o seu negócio. Uma parte da menor preocupação com a poupança será fruto da ignorância como afirma a Fidelity, mas quero acreditar que haja também quem responda “carpe diem“, algo que é uma opção igualmente justa e não necessariamente boa ou má. Play the game! E você, poupa para a reforma?

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