Quando se saberá a verdadeira história da política monetária do BCE?

Continuo às escuras, desconfiado que a verdadeira justificação para a subida das taxas de juro será outra, ou que, pelo menos, não serão as tão apregoadas armas de destruição massiva tensões inflacionistas que ainda ninguém viu, a justificar a continuação da subida das taxas de juro na área euro.

Hoje tivemos mais episódios pouco esclarecedores. 

7 comentários

  1. Procure na net pela evolução do valor do agregado M3 na zona Euro, se ainda assim não perceber experimente fazer uma Licenciatura em Economia.

  2. AH!!!! Então é isso!!! Está TUDO explicado.
    Dê-me só um bocadinho mais de crédito por favor. A mim e a mais uns quantos que andam com o nariz cada vez mais torcido.
    Já agora, onde me recomenda fazer a licenciatura de economia?

  3. A citação não ficou bem, quis copiar o seguinte da referída página:

    —-

    The monetary policy strategy pursued by the Eurosystem, i.e. the set of criteria and procedures whereby it takes decisions on how to reach its end-target, rests on two pillars.

    * Monetary aggregates.
    (…)
    * Use of other indicators
    (…)

  4. João,
    Um “economista não académico” é por exemplo um que não se basta com axiomas académicos como os citados (os tais pilares). Se se der ao trabalho de consultar outros escritos sobre o mesmo tema, que encontra nestas páginas deste site, verá que defendo que a missão do BCE é manifestamente insuficiente, no mínimo deveria ser complementada com algo parecido com o que o FED se propõe fazer: colocando o objectivo da estabilidade monetária em constante confronto com o crescimento económico e com a evolução de indicadores não monetários como sejam a taxa de desemprego. Mal de nós se acreditarmos que a evolção de 1 (um) indicador económico relativo à circulação da moeda bastasse para sustentar toda a uma política monetária e calasse toda a crítica que disputa com uma bateria de outros indicadores e perplexidades um caminho tão estreito de metas e acções.

    Era bom que uma licenciatura bastasse como garantia de conhecimento. Fiquei sem saber que escola de economia recomenda…

  5. 1.º Quanto aos objectivos do BCE

    Não estou de acordo que a política monetária deva ser usada senão para garantir a estabilidade de preços. Não concordo que O BCE deva ter uma política cambial para o euro, muito menos que nos seus objectivos se devam incluir metas de crescimento económico ou outros indicadores com o mesmo fim.
    Sejamos claros: o BCE deve-se preocupar com a oferta de moeda.

    2.º Os pilares não são axiomas académicos

    Os 2 pilares são escolhas e foram publicados para que não haja dúvidas quanto aos objectivos do BCE e quanto aos factores que determinam a sua política. Ao definir tão claramente as linhas com que se cose, o BCE não dá margem para a especulação sobre a sua política. A “verdadeira história da política montária do BCE” está lá, preto no branco.

    3.º Quanto à escola que recomendo

    Não respondi à provocação porque não quero fazer a apologia desta ou daquela escola.
    Não conheço suficientemente as escolas que temos em Portugal.
    Sei apenas que fui bem servido quando me licenciei.

    Concordo consigo quando diz que a licenciatura não é uma garantia de conhecimento, mas pelo menos deveria ser a garantia de que se saberia o que é a Economia, e porque é uma ciência.

    Uma coisa é certa: enquanto área do saber, não existe Economia não-académica!
    Sobretudo choca-me a maneira empoeirada como se proclama um “economista não-académico”.
    Daí ter presumido que não teria formação superior nesta área, ou se teria, não a teria aproveitado!

    Cumprimentos,

  6. Caro João,
    Uma da caracteristicas que percebi faltarem a muitos economistas e aprendizes de economia quando fiz o curso e principalmente posteriormente (depois de ouvir tantos colegas a falar) é uma espantosa falta de humildade/ excesso de certezas que só consigo perceber perante a ignorância face à própria história económica ou então… perante conveniências de outra natureza que têm pouco a ver com uma perspectiva de análise económica com objectivos latos: análise científica, acção prática com vista a objectivos generalistas de melhoria do bem estar global, etc (e nã confunda isto com quaqer funçã de utiidade calcável,é mesmo só para opôr à lógica alternativa do interesse particular do próprio “economista”).
    Acho que faz todo o sentido pôr em causa a política monetária do BCE mais que não seja para que se verifique a propriedade de opções que poderá vir a provar-se torarem-se desadequadas (ou mais desadequadas) com o passar do tempo (isto de lidar com o social é sempre uma caixinha de surpresas em que as leis de ontem podem sair furadas amanhã, digo eu) e com o empirismo.
    Naturalmente o João é livre de defender a actual política do BCE e os seus pilares fundadores tal como eu posso defender que talvez esteja a faltar qualquer coisa no enquadramento da política económica comuntária. Ter uma instituição que se preocupa exclusivamente com um objectivo parece-me muito académico… Como se tudo o resto permanecesse constante (ceteris paribus, remember?) ou os interrelacionamentos se procesassem de acordo com leis imutáveis nem havendo a necessidade de observar como o resto dos indicadores económicos evoluem.
    O melhor que podemos fazer é trocar argumentos e tentar encontrar provas factuais para fazer a discussão. Tenho pena que tenha presumido tanta coisa ruim do meu provocador “não-academismo”. Parce-me que não é bem aquilo que presumiu.

    Cumprimentos.

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