A Iberdrola e as Eólicas: quem não chora…

Li este pedaço da notícia do Jornal de Negócios relativa à atribuição partilhada da segunda fase do concurso das Eólicas e ocorreu-me o Rei Salomão e o provérbio popular de quem não chora não mama. Ocorreram-me mais uma coisa menos simpáticas também, mas não me apetece estar aqui a repetir-me. Será quanto baste para fazer parar de chorar Pina Moura?

" (…) O concurso previa a atribuição de 400 MW, mais um lote suplementar de mérito de 200 MW. Ao contrário do que era esperado, o júri decidiu não atribuir os 600 MW ao mesmo consórcio, optando por efectuar "um tratado de Tordesilhas".

Assim, a Ventiveste, que foi classificada em primeiro lugar, recebe os 400 MW, enquanto a Iberdrola fica com o lote suplementar de 200 MW de capacidade instalada em potência eólica.

Nos dois concursos das eólicas, a Iberdrola apresentou sempre uma postura de contestação, chegando mesmo a avançar com providências cautelares relativas à Fase A. A atribuição de 200 MW nas eólicas permite à empresa espanhola, liderada por Pina Moura em Portugal, reforçar a sua capacidade de geração de energia em Portugal, que, além da central na Figueira da Foz, era diminuta até agora. (…)

Por esta ninguém estava mesmo à espera. Nem os jornalista do JNeg pois só numa 3ª versão da notícia deram conta de que afinal havia outra… empresa vencedora. O eventual lote suplementar de mérito não era eventual e o mérito não está com o vencedor do concurso. Bizarro. Cheira a política de esturro.

Entretanto as acções da Martifer, que integra o consórcio (mais) vencedor, seguiam a subir, aparentemente como consequência directa, enquanto as da Galp (do mesmo consórcio) permaneciam na modorra. 

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