PIB do 3º Trimestre 2006: “No comments”

O original (sobre o PIB do 3º Trimestre 2006) está aqui; nesta entrada apresentamos alguns recortes de imprensa por ordem cronológica de publicação, ou quase, com sublinhados meus – apresentam-se os títulos e algum texto das notícias:

Agência Lusa:Contas Nacionais: Economia portuguesa cresceu 1,5% no terceiro trimestre

A economia portuguesa cresceu 1,5 por cento no terceiro trimestre do ano, face a igual período de 2005, quase duplicando o ritmo do trimestre anterior, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados”.

Jornal de Negócios I:Economia portuguesa cresce ao ritmo mais elevado desde 2004

A economia portuguesa registou um crescimento de 1,5% no terceiro trimestre, a que corresponde o ritmo mais elevado desde o segundo trimestre de 2004, período em que ocorreu o Euro 2004 em Portugal. Ainda assim, o PIB registou uma contracção de 0,2% contra o segundo trimestre deste ano. (…)”

Jornal de Negócios II:Portugal com o pior desempenho da UE no terceiro trimestre.

Portugal terá sido o país da Zona Euro, e muito provavelmente também de toda a União Europeia, que menos cresceu durante o terceiro trimestre do ano.

Os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística revelam que a economia nacional cresceu 1,5% nos três meses terminados em Setembro por comparação com igual período do ano passado, e recuou 0,2% relativamente ao trimestre anterior. Ambos os valores colocam Portugal na cauda da tabela europeia.

Nenhuma das oito economias do euro para as quais existem dados disponíveis relativos ao terceiro trimestre teve um desempenho tão modesto quanto a portuguesa. Na variação homóloga, os números oscilaram entre 1,7% em Itália e 4,3% na Grécia.

Já na evolução em cadeia, o pior resultado havia sido observado em França (que estagnou), enquanto a Grécia registou o maior salto também face ao trimestre anterior, ao crescer 2,1%. Só Portugal apresenta, neste momento, uma variação de sinal negativo.

Agência Financeira: “Economia nacional cresce 1,5% impulsionada por exportações.

O Produto Interno Bruto (PIB) português registou uma contracção de 0,2% no terceiro trimestre deste ano, face ao segundo.

A descida foi influenciada pela quebra da Formação Bruta em Capital Fixo (FBCF) em Construção e pelo aumento das Importações de Bens e Serviços.

No entanto, face ao homólogo, a economia nacional cresceu 1,5% no terceiro trimestre deste ano, em termos reais. Este crescimento representa uma aceleração face aos 0,8% registados no 2º trimestre, revela o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). (…)”

Diário Digital:PIB recuou 0,2% no terceiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) registou crescimento homólogo de 1,5%, em termos reais, no terceiro trimestre, acelerando relativamente ao período anterior (0,8%), evidenciando um decréscimo de 0,2% face ao trimestre precedente, devido à quebra do investimento na construção e pelo aumento das importações, anunciou o INE. (…)”

Diário Económico (artigo significativamente mais detalhado):Produto interno bruto cresceu 1,5% em volume no terceiro trimestre de 2006

O Produto Interno Bruto (PIB) português registou no terceiro trimestre de 2006 uma variação homóloga de 1,5%, em termos reais, acelerando relativamente ao período anterior (0,8%). A variação face ao 2º trimestre foi de -0,2%, influenciado pela quebra da FBCF em Construção e pelo aumento das Importações de Bens e Serviços. (…)”

Agência Financeira II (artigo significativamente mais detalhado):Consumo das famílias cresce e investimento melhora

A procura interna cresceu 0,5% no terceiro trimestre, em termos reais, face ao período homólogo, impulsionado pelo consumo das famílias.

No segundo trimestre, tinha sofrido uma quebra de 0,8%, refere o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

A subida da procura interna «resultou sobretudo da aceleração das Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes, que aceleraram, fixando-se em 1,8% no 3º trimestre de 2006 (0,1% no anterior)».

Este comportamento foi influenciado por efeitos de base associados à antecipação de compras ocorrida no 2º trimestre de 2005 com a alteração da taxa normal de IVA. (…)

O Investimento registou um desagravamento em termos homólogos, diminuindo 2% em volume (variação de -3,8% no período anterior). Por outro lado, a FBCF Total diminuiu 3,1% em termos homólogos, agravando-se face à diminuição de 2% do trimestre anterior. (…)”

Publico:Economia recuou 0,2 por cento do segundo para o terceiro trimestre

A economia abrandou 0,2 por cento do segundo para o terceiro trimestre do ano, mas cresceu 1,5 por cento entre o terceiro trimestre deste ano e o trimestre homólogo do ano passado, indicou hoje o Instituto Nacional de Estatística.

A causa desta descida é a redução do investimento (formação bruta de capital fixo) em construção e o aumento das importações de bens e serviços. (…) “

Comentários políticos ao PIB do 3º Trimestre 2006:

Agência Financeira: “Teixeira dos Santos satisfeito com o crescimento de 1,5%

Para o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, o crescimento de 1,5 por cento da economia, anunciado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (
INE), «é o mais elevado dos últimos dois anos, o que significa que o crescimento deste ano poderá ser superior ao que está previsto». (…)”

Diário Digital:” Ministro diz que crescimento do PIB confirma retoma económica

O ministro das Finanças considera que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) verificado no terceiro trimestre confirma a retoma da economia portuguesa e indica um crescimento «virtuoso», por ser sustentado sobretudo pelo aumento das exportações. (…)”

Diário Económico:” Teixeira dos Santos considera que números do PIB confirmam retoma económica

Os números do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2006 confirmam que há uma clara recuperação económica em Portugal e não põem em causa a meta de 1,4% para o crescimento no final deste ano, disse hoje o ministro da Economia, Fernando Teixeira dos Santos. (…)”

5 comentários

  1. Rui,

    se vocês por aqui tiverem (mais)paciência, seria um exercicio extremamente útil analisar estas noticias. É de facto algo confrangedor a superficialidade com que a maioria da imprensa – mesmo a dita económica – (não) trata estas notícias.
    Apenas um pequeno dado, que referiste noutro post: a base de comparação é o trimestre seguinte ao aumento de IVA, pelo que anunciar coisas como “o maior ritmo de crescimento desde não sei quando” e “duplicações” de crescimento, são afirmações com sustentabilidade pobre.

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