Desemprego e emprego melhoram no 1º trimestre de 2016

Desemprego e Emprego Melhoram no 1º Trimestre de 2016

Desemprego e emprego melhoram no 1º trimestre de 2016 segundo os dados mais recentes do INE. No primeiro trimestre de 2016, a taxa de desemprego fixou-se nos 12,4% (era de 13,7% no período homólogo) tendo o número de desempregados caído em 72,7 mil indivíduos (queda homóloga de 10,2%). Quanto ao emprego registou igualmente uma melhoria face a igual período de 2015: mais 36,2 mil pessoas empregadas.

A queda do desemprego foi superior ao aumento do emprego o que acabou por se traduzir numa redução da população ativa. Emigração, efeitos demográficos (mais saídas para a reforma do que entradas no mercado de trabalho ou desencorajamento na procura ativa de emprego  são algumas das hipóteses que poderão explicar esta diferença.

 Ao todo, segundo o INE, havia no final do primeiro trimestre 640,2 mil desempregados e 4513,3 mil empregados.

Note-se que, contrariamente às estimativas provisórias mensais divulgadas pelo INE, estes dados definitivos trimestrais não são corrigidos de sazonalidade pelo que privilegiamos a análise que se centra na comparação com igual período do ano anterior para apurar, com o menor ruído possível, a evolução consolidada destas estatísticas.

Desemprego e emprego melhoram no 1º trimestre de 2016Apesar do aumento do emprego a taxa de atividade diminuiu pois a população ativa continuou a contrair-se. Segundo o INE: “A taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 58,1%, valor inferior ao observado no trimestre anterior em 0,5 p.p. e ao do trimestre homólogo em 0,4 p.p..”

A variação do emprego e do desemrpego face ao 4º trimestre de 2015 foi negativa. O INE nota que, apesar da melhoria em termos homólogos, em termos numéricos (número de pessoas) a evolução em cadeia (face ao trimestre imediatamente anterior): “Esta diminuição, que habitualmente ocorre no 1.º trimestre de cada ano, foi superior às observadas nos primeiros trimestres de 2014 e 2015, igual à de 2012 e inferior à de 2013.” O INE detalha ainda que mais de 1 em cada dois empregos destruídos entre o 4º trimestre de 2015 e o 1º trimestre de 2016 afetaram contratados a tempo parcial ou sem termo  o que é compatível com a habitual sazonalidade registada entre estes dois trimestres.

Com intuitos pedagógicos deixamos para comparação o resumo que o INE hoje deixou sobre os dados do 1º trimestre de 2016 e o que havia escrito sobre os do 1º trimestre de 2015.

1º Trimestre de 2016:

A taxa de desemprego no 1.º trimestre de 2016 foi 12,4%. Este valor é superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior e inferior em 1,3 p.p. ao do trimestre homólogo de 2015.
A população desempregada, estimada em 640,2 mil pessoas, registou um aumento trimestral de 1,0% (mais 6,3 mil pessoas) e uma diminuição homóloga de 10,2% (menos 72,7 mil pessoas).
A população empregada, estimada em 4 513,3 mil pessoas, verificou um decréscimo trimestral de 1,1% (menos 48,2 mil pessoas) e um acréscimo homólogo de 0,8% (mais 36,2 mil pessoas).
A taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 58,1%, valor inferior ao observado no trimestre anterior em 0,5 p.p. e ao do trimestre homólogo em 0,4 p.p..
Nestas estimativas trimestrais foi considerada a população com 15 e mais anos, não sendo os valores ajustados de sazonalidade.

1º Trimestre de 2015:

A taxa de desemprego estimada para o 1º trimestre de 2015 foi de 13,7%. Este valor é superior, em 0,2 pontos percentuais (p.p.), ao do trimestre anterior e inferior, em 1,4 p.p., ao do trimestre homólogo de 2014.
A população desempregada, estimada em 712,9 mil pessoas, registou um aumento trimestral de 2,1% e uma diminuição homóloga de 9,5% (mais 14,6 mil e menos 75,2 mil pessoas, respetivamente).
A população empregada foi estimada em 4 477,1 mil pessoas, o que corresponde a um decréscimo trimestral de 0,3% (menos 14,5 mil pessoas) e a um acréscimo homólogo de 1,1% (mais 50,2 mil pessoas).
A taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 58,5%, valor igual ao observado no trimestre anterior e inferior em 0,2 p.p. ao do trimestre homólogo.

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