Atividade turística volta a acelerar em junho 2016

Atividade turística volta a acelerar em junho 2016

Em maio só os proveitos tinham acelerado, em junho, estes mantêm-se num patamar de crescimento muito elevado e voltam a ser acompanhados da evolução das dormidas e do turismo. Outra nota em destaque é o “regresso” dos residentes ao turismo interno, registando um significativo incremento homólogo.

Quase 2 milhões de hóspedes, 5,5 milhões de dormidas com a taxa líquida de ocupação a subir para os 57,5% (mais 2,7 pontos percentuais do que o registado em maio de 2016) e os proveitos a manterem níveis de crescimento historicamente altos: é este o resumo daquele que terá sido o melhor mês de junho na história do turismo nacional.

 

Atividade turística volta a acelerar em junho 2016

Relativamente ao número de hóspedes e de dormidas registaram-se taxas de crescimento homólogo de 10,3% e de 9,6%, respetivamente. Em maio estas haviam sido de 5,7% e de 8,5%. Relativamente ao residentes, assinala-se que após um mês de quebra ligeira face a maio de 2015 (-1,3%), se registou um acréscimo significativo de dormidas de residentes: +7,3% do que em junho de 2015 totalizando 1,5 milhões de dormidas. Ainda assim, o crescimento entre os não residentes manteve-se num patamar mais elevado: +10,5%, próximo do crescimento de 11,7% registado em maio.

Igualmente significativo, ainda que com ligeira desaceleração, foi o comportamento dos proveitos que revelou crescimentos superiores a 15% tanto nos proveitos totais, quanto nos proveitos de aposentos (15,2% e 15,5% respetivamente). Ou seja, o turismo continua a crescer em volume (hóspedes recebidos, dormidas concretizadas) e também em valor, sendo que em valor o crescimento se verifica, quer pelo aumento das vendas, quer pela capacidade de captar turistas disponíveis para pagar serviços mais caros do que vinha sendo habitual. Não alheio a este fenómeno estará o aumento de 13,8% das dormidas nas unidades hoteleiras de quatro estrelas, que contribuíram com 49,35 das dormidas totais.

 

Detalhes por regiões

Por regiões destaca-se o aumento generalizado das dormidas com especial destaque para os número da região Norte (+15,1%) e da R.A. dos Açores (+14,1%). As duas regiões com maior volume de turismo, representando mais de 60% do total de dormidas, (Lisboa e Algarve) foram as que registaram menores incrementos de dormidas (4,8% e 8,9% respetivamente).

Quanto aos proveitos por regiões, o INE sublinha que o aumento de procura induzido pelo aumento da instabilidade em regiões habitualmente concorrentes terá potenciado algum aumento de preços. Na realidade, os proveitos acompanharam o aumento das dormidas com a R. A. Açores em destaque (+27,0% de proveitos totais e +27,2% nos de aposento) seguida da região Norte (+23,6% e +24,8%).

 Lisboa foi, de longe, a região com o menor aumento de proveitos de entre as sete regiões do país. Ainda assim Lisboa mantém-se como a região com o maior rendimento médio por quarto disponível, €69,9 que compara com €57,3 de média na região que mais se aproxima, o Algarve, e com €49,9 na média nacional.

Atividade turística volta a acelerar em junho 2016
Atividade turística volta a acelerar em junho 2016
Fonte: INE

 

Evolução nos mercados emissores:

O INE apurou as seguintes evoluções por mercados emissores – ordenadas por ordem decrescnete de importância:

  • O Reino Unido (+9,5% de dormidas correspondendo a 27,7% do total) desacelerou face aos últimos meses (+13,3% em maio e +15,5% em abril).
  • O mercado alemão (+9,9%) também desacelerou relativamente ao mês anterior (+14,5%) e ao acumulado de janeiro a junho (+10,5%). O seu peso relativo foi de 13,3%.
  • A França registou o maior acréscimo do grupo dos principais mercados (+24,8%), correspondendo a 11,1% das dormidas de não residentes. No primeiro semestre a evolução deste mercado foi também expressiva (+18,7%).
  • O mercado espanhol (7,5% do total) cresceu 8,5%, menos que em maio (+12,6%).
  • Os Países Baixos aumentaram as dormidas dos seus residentes (+16,8% face a +12,7% no mês anterior), a que correspondeu uma quota de 6,4%.
  • Dos restantes sobressaíram:
    • a Polónia (+18,9%),
    • os Estados Unidos (+18,8%) e
    • a Itália (+16,3%), mercado que evidenciou uma notável recuperação (-0,4% em maio).
    • O Brasil apresentou evolução positiva (+2,8%), contrariando a tendência decrescente que se vinha verificando há dez meses consecutivos. No primeiro semestre este mercado apresentou ainda resultados negativos (-4,8%).

 

Mais informação:

Recordamos que os proveitos totais incluem, além dos proveitos de alojamento, os proveitos de “restauração e outros decorrentes da própria atividade (cedência de espaços, lavandaria, tabacaria, comunicações, entre outros)“, segundo definição do INE.

Pode encontrar aqui mais informação sobre este tema e sobre artigos passados ou mais recentes que venhamos a publicar sobre a Atividade Turística.

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