O que seria das maiores empresas privadas do mundo cotadas em bolsa sem o investimento público?

O que seria das maiores empresas privadas do mundo cotadas em bolsa sem o investimento público? Se entende inglês e tem uns minutos sugerimos-lhe esta apresentação  – TED Talk – da economista Mariana Mazzucato com o título “Government — investor, risk-taker, innovator” que se enquadrou na sequência do livro “The Entrepreneurial State: Debunking Public vs Private Sector Myths” que aqui destacámos através das palavras de Martin Wolf no artigo “O estado empreendedor e o seu papel de motor mal amado da inovação“.

Nesta apresentação Mariana Mazzucato faz uma resenha histórica do papel do investimento público na atual revolução industrial, “revelando” quão importante é a sua herança na tecnologia de ponta atualmente dinamizada por todo o mundo. Ato contínuo, ataca o mito da dicotomia privados empreendedores e dinâmicos versus estado acomodado e imóvel.

A economista refere o risco de tal preconceito poder vir a tornar-se numa realidade cristalizada se ignorarmos a história e repetirmos a suposta dicotomia. Por outro lado, recupera e defende o exemplo do Estado empreendedor que já acumulou exemplos irrefutáveis no passado e que hoje, mais do que nunca, se deve apresentar como o investidor com maior fôlego, tomador de grandes riscos e promotor das grandes inovações que poderão desencadear o próximo ciclo de evolução.

Termina sublinhado que a sustentabilidade deste modelo falha se o retorno para o Estado se centrar exclusivamente na cobrança fiscal, uma falha tanto mais inevitável quanto mais globalizado for o mundo de negócios onde, de forma legal, se autoriza a evasão fiscal ou “otimização fiscal”. A alternativa que apresenta e que já foi testada em países onde o Estado têm assumido claramente este seu papel de parceiro dinamizador de empreendimentos, passa por o Estado manter o direito a uma parte dos resultados, mantendo-se como parceiro nos negócios que venham a beneficiar das inovações que o Estado financiou. Vale muito a pena ouvir e refletir nesta perspetiva tão contra-corrente, em particular se confrontada com a dialética dominante na Zona Euro quanto ao papel do Estado e à sua interação com a economia.

E o que será das próximas grandes empresas privadas de que precisaremos no futuro se o investimento publico que foi crucial para construir os grandes negócios de hoje, não estiver a ser feito?

Um comentário

  1. con as reformas a 66-67 anos se aumenta u desemprego e no ten emprego para u joven 2+2 fano 4 basta so reflettir ma u buro ten a cabeza asi grande che ate’ elo se engana

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *