É preciso ter lata? O sabor amargo de um aval do Estado

A ler João Rodrigues no Ladrões de Bicicletas:

“(…) Não percam as declarações ao Negócios do Presidente da Associação Empresarial de Portugal, que ainda controla e gere de forma tão eficiente este complexo, José António Barros. É um hino à informalidade, à irresponsabilidade, à desfaçatez:

A partir do momento em que dou conhecimento aos bancos e ao Estado [avalista dos empréstimos, que foi informado por conversas assumidamente informais, já que nem uma obrigatória comunicação por escrito se enviou ao Tesouro] de que não vou pagar [dívida do Europarque], o problema deixou de ser meu.

Da próxima vez que ouvirem alguém da Associação Empresarial de Portugal defender que o Estado tem de deixar de “obstaculizar” a “iniciativa privada” e deixar o “mercado” agir, lembrem-se que tais formulações são outras tantas manipulações, formas de dizerem “queremos o Estado e os seus recursos só para nós”. Trata-se sempre, mas sempre, de fixar “regras”, e suas excepções já agora, que permitam gerar e transferir custos sociais para a comunidade e apropriar privadamente benefícios também sociais. O Estado, um certo Estado reconfigurado, o tal que só pode ser fraco com os fortes e forte com os fracos, é sempre indispensável. “

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