O contraditório a “Quanto do dinheiro arrecadado pelo Estado é devolvido diretamente às famílias?”

O artigo de João Pinto e Castro que citámos em “Quanto do dinheiro arrecadado pelo Estado é devolvido diretamente às famílias?” teve uma replica no jornal I Online por Bruno Faria Lopes. Convidamos os nossos leitores a confrontarem argumentos lendo agora o artigo “Tudo o que se acha saber sobre as contas públicas, mas não se sabe“. Estamos em crer que, no final, todos teremos saído a ganhar. Deixamos aqui um excerto:

“(…) “As despesas do Estado com pessoal caíram consistentemente em proporção do PIB a partir de 2002. O tão polémico aumento dos salários dos funcionários públicos em 2009 teve um impacto insignificante nas contas públicas.”
Incorrecto. A transformação dos hospitais públicos em empresas (em 2002, 2004, 2005, 2007 e 2008) teve um impacto não negligenciável na redução “oficial” das despesas neste período, documentado pelo Banco de Portugal (“Desenvolvimentos Orçamentais: 1986-2008”). O aumento de 2,9% aos funcionários públicos pelo governo de José Sócrates no ano eleitoral de 2009 custou 420 milhões de euros, segundo indicou na altura o Ministério das Finanças. Comparações: a redução de milhares de contratados a prazo em 2013 (mais de 10 mil) poupará, em conjunto com outras medidas, 249 milhões de euros; o aumento do IMI renderá mais 340 milhões. “Insignificante”?”

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