O preço das várias drogas no mundo e em Portugal: o caso da cocaína

Via The Economist chegámos ao relatório anual das Nações Unidas sobre drogas no mundo, o World Drug Report 2011. Neste documento extenso analiza-se a situação em todo o globo referente às principais drogas como a heroína, a cocaína, a cannabis, entre outros. O relatório apresenta um ponto da situação global e depois analisa com detalhe a situação dos vários continentes. Conclui com um anexo estatístico particularmente interessante onde apresenta dados para prevalência do consumo das drogas, as consequências para a saúde, a procura de tratamento e claro, a produção. Estatísticas que permitem, por exemplo, efectuar comparações como a destacada pela peça do The Economist onde se comparam as diferenças (muito significativas) do custo da cocaína em diversos países ricos.

Uma das conclusões da ONU destaca que apesar de se tratar de um mercado ilegal e combatido colectivamente pelo mundo fora, os preços de drogas como a cocaina não têm parado de descer ao longo das últimas décadas, em particular na Europa, tornando-se economicamente acessível a cada vez mais consumidores europeus e trnsformando a Europa num dos maiores mercados mundiais.

Uma grama de cocaína custará em Portugal pouco mais do que 60 dólares (com 0,6% da população entre os 15 e os 64 a consumir), um dos preços mais baratos na União Europeia. Na Alemanha ultrapassa os 80 dólares (consumida por 0,9% da população entre os 15 e os 64 anos) e na Grécia atinge mais de 100 dolares (com apenas 0,1% da população em idade activa a consumir). O país europeu onde a cocaina é mais dispendiosa é a Noruega onde o preço ultrapassa os 150 dólares (consumida por 0,8% da população activa). Finalmente, no extremo oposto encontramos o Reino Unido com a preço por grama ligeiramente acima dos 60 dólares e com o consumo a atingir 2,6% da população entre os 15 e os 64 anos.

Um comentário

  1. Parece que o preço (sobretudo se medido em função do poder de compra) está correlacionado com a percentagem de pessoas que consomem.

    Isso pode ser um argumento sério contra a legalização completa das drogas.

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