Crowdfunding – alternativa de financiamento via redes sociais?

Já aqui abordámos uma vez o tema do crowdfunding a propósito da criação da portuguesa “MassiveMov – micro financiamento de projectos via redes sociais” e também, de forma próxima, da internacional ” “Zopa: Crédito directo entre indivíduos à moda peer-to-peer”, hoje via artigo no Jornal Oje, “Crowdfunding, a moda Obama no financiamento às empresas“, ficamos a saber que o tema terá honras de conferência na Gulbenkian (conheça os detalhes aqui) e conta já com impulsionadores mais próximos do mundo económico-financeiro em Portugal.

O modelo carece de enquadramento legislativo em Portugal, mas vai já dando que fazer à CMVM americana (a SEC), ver “SEC opens the gates to crowdfunding and a new structure of capitalism“. Eis um excerto do artigo do Oje:

” (…) A história de sucesso começa, como todas, nos EUA, com um empreendedor que queria fazer um suporte de relógio tem por base o Apple Nano. Dirigiu-se ao mundo da Web e solicitou um financiamento. Obteve 100 vezes o montante! Nem sempre corre assim, confessa o impulsionador da ideia em Portugal, o professor Pedro Oliveira, que fará a apresentação deste modelo, amanhã, na Gulbenkian, com organização da Católica – Lisbon School Of Business & Economics e o PPL – Crowdfunding Portugal.

Tal como o nome indica, o empreendedor a necessitar de capital dirige-se à “multidão”, entendida estas como potenciais investidores via a plataforma da net. O modelo explica, o professor passa por entrar na plataforma específica, fazer a apresentação do projecto em vídeo, apresentar o “business plan” e solicitar o apoio. A ideia é para este modelo de financiamento é possível para pequenos e grandes projectos. Por pequenos entende-se a edição de um livro, cuja contrapartida para o investidor pode ser um exemplar dessa mesma edição ou um cd.

Mas para projectos de âmbito industrial e comercial, a proposta funciona como uma operação de capital de risco e a contrapartida é parte do capital, parte do projecto ou o resultado do projecto. Claro que o modelo, denominado de “equity base”, ainda não pode ser usado em Portugal enquanto não se perceber o enquadramento jurídico, mas já é praticado em França ou Holanda, enquanto nos EUA foi eleito como uma das formas de financiamento mais atractivas e com maior potencial. Na prática, refere a mesma fonte, o que está em causa é aproximar o investidor e o empreendedor através da plataforma Web, e que de outra forma não seria possível.

A bondade deste novo modelo é pensar na “democratização” do financiamento, sendo que a “crowd”, que somos todos nós, pode ter potencial e acreditar em determinado projecto. (…)”

Um comentário

  1. O crowdfunding foi lançado em Portugal em Junho deste ano pela RedeBiz.
    Para além dos apoios tradicionais neste tipo de plataforma (tendo como contrapartida a aquisição de um bem), a nossa permite – Opção 7 – a realização de um contrato de mútuo que possibilita um ganho baseado nas vendas do investimento, embora pré-estabelecido à partida.

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